Friday, August 03, 2007

INFORMATIVO - ANO IV e V – Nº 18

E a luta continua...

pela Profª. Neusa Telles

É impossível entender o que se passa na cabeça de nossos dirigentes. Um projeto já praticamente aprovado, o local designado, visitado até por Ministra de Estado (Matilde Ribeiro) e agora a "velha burocracia" vem emperrar o caminho do trem da história... Será que os negros sempre têm que dar soco em faca de ponta, ficarem feridos para depois serem atendidos. Em 2006 houve um acordo entre a Secretaria da Cultura e a Acmun para a instalação do Centro de Cultura Negra no prédio situado na av. João Pessoa com av. Venâncio Aires.

Nem passado um ano, reviravolta total. O prédio não é mais para o Centro de Cultura Negra. È considerado nulo o acordo anterior... Convenhamos. Afinal o prédio é ou não para o Centro? Será que não existe mais alguém (ou alguns outros espertos) interessado em passar a perna na Comunidade Negra? A assessora jurídica da Cultura diz; " queremos desenvolver um projeto cultural lá, mas esperamos as chaves de volta..." Que projeto? O projeto já existente é do Centro de Cultura Negra. Ponto final.

Não podemos deixar passar a oportunidade que nos foi oferecida pelo governo anterior. Vamos lutar pelo que merecemos. Vamos divulgar o que está ocorrendo.

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FAMÍLIA NEGRA

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O adv. Luiz Santos e sua esposa a pedagoga Natália Santos estiveram na festa do Moura.


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CURSO
A SMC da pref. de POA oferece curso de leitura de partituras, todas as 2ªs feiras às 19 h Usina do Gasômetro, Ministrantes: maestro Motta e Joaquim Lucena.

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LIGA DA CANELA PRETA

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Banda da Saldanha com força total no torneio em novembro/07

Resolvido o impasse da “Liga” relativo ao torneio dos dias 10 e 17/novembro de 2007, no mês da Consciência Negra. De acordo com a sugestão dada por dirigente do Farinha F.C. serão estipuladas cotas para brancos participarem das equipes de futebol. Mas somente será permitida a participação de brancos que tenham estudado em escolas públicas.
Nenê

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Ilê Aiyê

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Saiu o Caderno de Educação n° 15 do Projeto de Extensão Pedagógica do Ilê Aiyê - Salvador, Bahia. O projeto é coordenado pelo escritor e Prof. MS Jônatas Conceição, da UNEB, também diretor cultural da Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê. O caderno traz pesquisa e texto de Maria de Lourdes Siqueira, tendo capa e ilustrações de Mundão. Os 15 cadernos já publicados por esse belo projeto estão no site dessa organização negra importantíssima que é o Ilê Aiyê. Confira isso e muito mais:

www.ileaiye.com.br

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Cotas, por que sim?

1 - Porque os brancos e brancas sempre reservaram cotas para eles mesmos. Primeiro foi a cota Brasil: tomaram o território dos indígenas. Apropriação indébita, que no popular tem outro nome. Depois vieram capitanias hereditárias, sesmarias, universidade pública para ricos (brancos, naturalmente), lei do boi, diabo a quatro. E trouxeram mais brancos, patrocinaram imigrantes europeus e orientais, todos beneficiários da exclusão de negros e indígenas.

2 - Sim, cotas raciais, reserva de vagas, ações afirmativas, todas as ações reparatórias porque nós negros (igual ao caso indígena) somos credores de uma dívida histórica incalculável - não há dinheiro que pague. Nossos antepassados foram vítimas de dois crimes de lesa-humanidade: tráfico e escravismo com genocídio. Crimes reconhecidos pela ONU. Holocausto continuado durante séculos. E esse tipo de crime contra a humanidade tem que ser indenizado.

3 - Judeus, pelo holocausto judeu-alemão, mereceram e foram indenizados. Japoneses também, por Hiroshima e Nagasaki. Libaneses idem. Então, negros e indígenas têm que ser indenizados, a dívida tem que ser paga. E nós negros temos que exigi-lo por direito e para honrar o sacrifício dos nossos antepassados. Questão de respeito. Mas também respeito a nós mesmos como indivíduos, como povo, como grupo étnico-racial discriminado e empurrado para a exclusão sendo credor de uma dívida desse porte. No conjunto das reparações, cotas raciais são apenas uma beiradinha.

Importantíssimo: Cotas sociais podem nos beneficiar, mas não pagam a dívida histórica. Não indenizam pelo holocausto negro. São cotas universais. (E já notaram, o leitor e a leitora, que quando nós ganhamos os brancos e brancas, amarelos e amarelas ganham também? Que ganham até muito mais, como no Pró-Uni?) Nós negros, pobres ou não, temos direito a cotas específicas, as cotas raciais ou étnico-raciais. É com muita luta que o Movimento Negro vem obtendo essas outras conquistas para o povo negro. Vamos à cobrança!

(Oliveira Silveira - equipe Negraldeia)

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Aulas de Violão e Cavaquinho

Professor Henrique Maraguaia
Todos os sábados das 13 às 15h30min
Promoção: apenas R$ 10,00 p/mês
Local: Quadra da Imperadores do Samba
Avenida Padre Cacique – após o Beira-Rio