Thursday, March 15, 2007

INFORMATIVO - ANO IV e V – Nº 15

OBÁ, ORIXÁ FEMININO DE 2007

por Cristina Santos

Habita ás águas doces revoltas. Dona do “corte”, protetora das virgens, Obá é a terceira mulher de Xangô. Conta à lenda que Obá não se sentia amada por Xangô na mesma medida em que ele amava Oxum.

Mostrava-se insegura em relação a tudo que se relacionasse com seu marido, caracterizando o arquétipo dos filhos de Obá, ciumentos possessivos de temperamento forte e postura agressiva o que lhes acarreta grandes dificuldades nos relacionamentos.

Em contrapartida, profissionalmente os seus filhos se destacam conseguindo o status almejado. São sinceros, francos e detestam mentiras. Cor: ROSA.

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APRENDA A TOCAR CAVAQUINHO

por Nenê

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Professor Henrique Maraguaia com Dona Vera
Foto arquivo/ANdC

Belíssimo projeto criado a 15 anos. Raealização do sonho dos amigos Professor e compositor Henrique e o Saudoso Gê do violão 7 cordas, também músico e compositor, em parceria com a Imperadores do Samba (presidente Betinho) que cedeu o espaço físico. Pioneiro no RS, o curso muito contribui para manter a cultura do samba formando novos músicos, num clima tranqüilo e descontraído.

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ARTE

por Jacaré

O Euclides Rita, acreditem, no coquetel de inauguração da exposição fotográfica de Pierre Verger, 31 de janeiro até 30 de março de 2007, não saiu do Bar do Margs durante todo o evento. Só não viu as obras.

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Perfil – Profª. VERA TRIUMPHO

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Foto arquivo/ANdC
por Evandoir Carvalho dos Santos e Oliveira Silveira

Vera Regina dos Santos Triumpho nasceu na casa da avó, em ponto histórico de Porto Alegre: a rua Baronesa do Gravataí, reduto da comunidade negra. Ali já se havia instalado a bisavó Amélia Pilar, expulsa do meio rural, área ligada a fazenda, charqueada - município de Cruz Alta.

A Profª Vera Triumpho é filha de Amélia dos Santos Triumpho e de Manoel Fernandes Triumpho Filho, que a iniciou no ativismo negro anti-racista. Durante 14 anos estudou inglês no Cultural Americano e francês na Aliança Francesa. Fez estágio na Inglaterra e vivenciou repetidas vezes aquela situação de “a única negra”.

Com 12 ou 13 anos já lia sobre ícones como Martin Luther King Jr. e Malcolm-X na bibliteca do Cultural. Ingressou na Sociedade Floresta Aurora a partir dos diálogos com seu tio, o coronel Romeu Rodrigues da Cruz, que foi um dos presidentes do clube. Seu pai já havia assumido o Floresta na década de 1950.

Nas décadas de 60 e 70 foi a vez de Vera Triumpho e Marilene Paré serem atuantes, organizando cursos de preparação aos concursos da Caixa Econômica Estadual, Banrisul e Banco do Brasil. Também agiam em prol da acolhida a estudantes negros africanos, centro e sul-americanos.

E em 1976, Vera e Marilene foram aprovadas em concurso para o magistério estadual classificando-se em 1º e 6º lugares, respectivamente, num universo de 28 mil candidatos. Vera assumiu a diretoria social do Floresta em 1983. As duas educadoras continuaram trabalhando e realizaram um seminário estadual sobre Negro na Educação e o I Encontro Nacional sobre a Realidade do Negro na Educação, 1984, reeditado em 1985.

Diretora cultural do Floresta, Vera Triumpho conheceu o padre Toninho, Antônio Aparecido dos Santos, de São Paulo, e ingressou na Pastoral do Negro. O trabalho dos agentes de pastoral negros no RS contempla 11 comunidades do tipo remanescentes de quilombo, informa.

E existe a atuação junto a coletivos de jovens negros, mulheres negras e educadores negros. Entende que os governos municipais e especialmente o estadual não estão olhando com seriedade para a Lei 10.639/2004. Apesar de assessorar o senador Paulo Paim, jamais pensou em ser uma candidata em pleito político-partidário.

Sonha poder continuar fazendo “um trabalho quase no anonimato”. E acrescenta: “Eu tenho plena certeza de que estou semeando uma coisa muito bonita nas comunidades empobrecidas não só em POA, mas também no interior do Estado. “Já faz uns bons anos que só voto em negro.

Hoje não temos nenhum representante na Assembléia Legislativa. Os nossos conflitos políticos, no meu entendimento – brigas, disputa de poder, de beleza – acabam nos levando a isso.” “Somos excluídos dos bens da sociedade – na área da educação, da saúde, do judiciário; todas essas áreas são extremamente racistas com a comunidade negra.

Não existe política séria para a população negra.” Vera Triumpho sentencia que racismo é quando a sociedade exclui uma etnia do acesso aos bens produzidos por ela – bens de consumo, saúde, educação, lazer de qualidade, ela reforça.

Muito dinâmica, com uma capacidade de trabalho enorme e dedicação especial à ação comunitária, a Profª Vera Triumpho é valor e referência marcantes da luta negra em nosso Estado e no Brasil. – (Maria Cristina Ferreira dos Santos, Ruth Maria Pires

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FOLHETIM DO ZAIRE NA UNIVERSIDADE

por O.F.S

Canoas, campus da Ulbra, 17.1.2007. O professor de história Roberto dos Santos, negro e da Ulbra, fez a defesa de sua dissertação de mestrado abordando a imprensa negra gaúcha em POA.

Ele discorreu frente à banca examinadora, a orientadora do trabalho e a assistência. Destaque especial coube ao Folhetim do Zaire, criação e redação, produção e edição, garra e liderança de Mourency Teixeira – o Moura do Cavaco.

Destaque em muito boa companhia: ao lado de O Exemplo, Tição, Jornal/Revista do Cecune e outros importantes. É mole? Tem mais: o Folhetim e a imprensa negra contribuíram para que a comunidade negra, o RS e o BR tenham mais um Mestre, e aprovado com distinção. É que após os comentários, observações e elogios, a banca aprovou o prof. Roberto dos Santos com a nota máxima.

É dez, e mais a exigência de que o professor publique o mais rápido possível o capítulo inicial do trabalho, devido a sua particular relevância. Bom seria que no embalo fosse também publicada a dissertação completa.

Como repercussão do fato, a previsão é um troar de batera na Banda da Saldanha em homenagem ao Moura, ao prof. Roberto e ao Folhetim do Zaire. Entrevistas do prof. Roberto e do próprio Moura em rádio, jornal e TV é o que está aí de bandeja para a mídia.

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Carnaval/2007

Campeã: Bambas da Orgia
Parabéns à presidenta Rosalina, diretoria, integrantes e simpatizantes da nação Azul e branca. Destaque é o novo mapa do carnaval da cidade, agora com participação competitiva de escolas de samba da grande POA.

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DOUTORADO E FORMATURA

Elenice Gonçalves Cunha doutorado em Administração de Empresas, Escola de Administração da UFRGS. O curso de pós-graduação da UFRGS e o da UFSP são considerados os dois melhores na área.

Thaís M. Ferreira Sampaio (Pérola Negra) formou-se em novembro/06, graduando-se em psico-pedagogia/PUC-RS. Thaís é ativista do movimento social negro.

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Ressurreição

por Nenê

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Foto arquivo/ANdC

Gente! Não precisa tanta Originalidade no desfile da Banda
Após dezenas de anos, o carnaval participativo, irreverência, divertimento, descontração, folia,... ressurge através de Bandas, da Saldanha, Bolinha, do Beco do Carvalho, e blocos, Afro Odomodê, misto Afro-tchê e Ilê mulher.
Há também a Banda dos funcionários dos Correios e se fala em Bandas na Restinga e Farrapos que afirmo, “é só uma questão de tempo”.

Ótimo para nós negros e negras enquanto povo que exige respeito à tradição e costumes dos nossos antepassados. Foi O que sobrou da luta*. Recado às pessoas bem intencionadas e comprometidas: “Não se afastem...” Pelo contrário, marquem presença.

*Bloco que desfilava na Cidade Baixa, domingo após o carnaval numa confraternização de todos foliões e encerramento do carnaval em Porto Alegre.

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Aulas de Violão e Cavaquinho – Professor Henrique Maraguaia
Todos os sábados das 13 às 15h30min – Promoção: apenas R$ 10,00 p/mês
Local: Quadra da Imperadores do Samba – na Avenida Padre Cacique – após o Beira-Rio